sábado, 1 de junho de 2019

Arqueólogos descobrem a cidade de Siló, onde Josué dividiu as 12 tribos de Israel

Arqueólogos escavam a área de Siló, região citada na Bíblia como o local da divisão das 12 tribos de Israel. (Foto: CBN News)
Arqueólogos escavam a área de Siló, região citada na Bíblia como o local da divisão das 12 tribos de Israel. (Foto: CBN News)
Publicado em Segunda-feira, 14 Janeiro de 2019 as 9:29

Dirigindo pela rota conhecida como o Caminho dos Patriarcas, em Samaria, o coração do Israel bíblico, você chegará à antiga Siló. A Bíblia diz que este foi o lugar onde Josué distribuiu a Terra Prometida para as 12 tribos de Israel e também onde o Tabernáculo do Senhor permaneceu por mais de 300 anos.
O Dr. Scott Stripling dirige as escavaçõesem Siló. Junto com dezenas de voluntários, ele e sua equipe estão entrando para a história.
"Bem-vindo à antiga Siló", disse Stripling, recebendo a equipe da CBN News, que foi ao local para fazer uma reportagem. "Esta é a primeira capital do antigo Israel e é um local sagrado porque o Mishkan estava aqui — o Tabernáculo, onde as pessoas vieram se conectar com Deus".
"Estamos lidando com pessoas reais, lugares reais, eventos reais", continuou ele. "Isto não é mitologia. As moedas que escavamos hoje — estamos falando de moedas de Herodes, o Grande, Pôncio Pilatos, Thestos, Félix, Agripa o Primeiro, Agripa o Segundo. A Bíblia fala sobre essas pessoas. Nós temos a imagem delas aqui mesmo".
Essa "imagem" inclui um muro fortificado construído pelos cananeus. A equipe encontrou um tesouro de artefatos, que inclui moedas antigas e cerca de 2.000 peças de cerâmica.
"Agora, esta foi de ontem", disse ele mostrando uma das peças na mão. "Já foi lavada, então você vê a mesma forma no chão e essas são as alças dos vasos de pedra. Lembram-se do primeiro milagre de Jesus em Caná? Havia jarros de pedra cheios de água. Essa é a cultura ritual da pureza do primeiro século".
Um arqueólogo como Dr. Stripling olha para esses fragmentos como parte de um quebra-cabeça de muito tempo.
 
"Assim como a cerâmica de sua bisavó é diferente da sua cerâmica que você está usando hoje... uma vez que aprendemos a cerâmica, então podemos usá-la como nosso principal meio de nos situarmos no tempo".
Stripling diz que o fato de "literalmente escavar na Bíblia pode transformar sua vida".
"Você pode ler a Bíblia, você pode caminhar pela Bíblia, mas o último ato é escavar na Bíblia", disse ele. "Você sabe, quando nós realmente entramos na briga, como esses estudantes da Universidade Lea. Eles estão literalmente com tudo sob suas unhas, nariz, boca e ouvidos, expondo essa cultura antiga. É quando você e a história bíblica se tornam um só. É como se saíssemos do solo e, ao cavarmos o solo, nos conectássemos com Deus e uns com os outros, penso eu, de uma maneira muito importante", disse ele.
Olhar transformado
Abigail Leavitt, uma estudante da Universidade de Pikesville, tem atuado como registradora de objetos.
"Adoro sujar as mãos. Adoro cavar a terra. É a minha atividade favorita", disse ela.
Enquanto pessoas de todas as idades são voluntárias na escavação, os principais condutores são estudantes como Abigail.
"É cansativo e exaustivo, mas é muito gratificante", disse ela. "É emocionante encontrar coisas antigas — coisas que estão esperando há milhares de anos."
Leavitt diz que a Bíblia ganha vida no solo, durante as escavações.
"Eu leio a Bíblia de forma totalmente diferente com relação a como eu lia antes de vir para cá. Conheço os lugares, sei o que está acontecendo. Eu a entendo mais profundamente, especialmente onde arqueólogos anteriores afirmaram que a arqueologia refuta as Escrituras. Quando cavamos aqui, descobrimos que tudo combina. Você lê na Bíblia. Você cava na terra e ali está", disse ela.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Encontrada a mais antiga citação completa de "Jerusalém" gravada em pedra

10 de outubro de 2018.

Esta foi a primeira vez que os arqueólogos conseguiram trazer à luz do dia uma pedra com uma inscrição de há 2 mil anos onde consta o nome de Jerusalém.
Esta coluna agora escavada é original da época do Segundo Templo, e tem a particularidade de ter o nome de Jerusalém escrito como no hebraico atual: "YERUSHALAYIM", e não "Yerushalem", ou "Shalem."
Na inscrição lê-se: "Ananias, filho de Dudolos de Jerusalém."
Esta inscrição está gravada numa coluna de mármore encontrada durante as escavações arqueológicas conduzidas por Danit Levy, da Autoridade para as Antiguidades de Israel, em Binyanei Ha'Uma, um centro de convenções em Jerusalém. Segundo o comunicado à imprensa feito pela AAI, o texto está em aramaico, mas as letras em hebraico.
"São muitas raras as inscrições com o nome Jerusalém da época do primeiro e do segundo Templo" - explicaram o Dr. Yuval Baruch, arqueólogo regional de Jerusalém para a AAI, e o professor Ronny Reich, da Universidade de Haifa, acrescentando: "Esta é a única inscrição gravada em pedra do período do segundo Templo onde aparece o nome completamente escrito."
O local da descoberta desta coluna tem sido escavado, trazendo à luz os restos da "maior olaria da região de Jerusalém."

domingo, 31 de dezembro de 2017

Israel descobre parte oculta do Muro das Lamentações

Teatro é primeiro edifício público romano encontrado na Cidade Velha de Jerusalém. Edifício remonta ao século II ou III da nossa era, mas sua construção nunca foi concluída.

Por France Presse
 

O arqueólogo Joe Uziel trabalha em trecho recém-descoberto do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, na segunda-feira (16) (Foto: Menahem Kahana/AFP)O arqueólogo Joe Uziel trabalha em trecho recém-descoberto do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, na segunda-feira (16) (Foto: Menahem Kahana/AFP)
O arqueólogo Joe Uziel trabalha em trecho recém-descoberto do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, na segunda-feira (16) (Foto: Menahem Kahana/AFP)
Arqueólogos israelenses apresentaram nesta segunda-feira (16) uma parte oculta do Muro das Lamentações descoberta recentemente e os vestígios do primeiro edifício público romano encontrado na Cidade Velha de Jerusalém.
O arqueólogo Joe Uziel, que participou das escavações, afirmou que ele e seus colegas sabiam da existência de uma parte não descoberta do Muro das Lamentações e esperavam encontrar uma rua romana em sua base.
"Mas à medida que cavávamos, fomos percebendo que não conseguíamos encontrar a rua. Em vez disso, descobrimos um edifício circular", declarou à imprensa no lugar da descoberta.
"Percebemos que, na verdade, estávamos descobrindo uma estrutura do tipo teatro (romano)", acrescentou Uziel.
O uso de carbono 14 e outros métodos de datação permitiu determinar que o edifício remonta ao século II ou III da nossa era, mas sua construção nunca foi concluída.
Operário é visto em trecho recém-descoberto do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, na segunda-feira (16) (Foto: Menahem Kahana/AFP)Operário é visto em trecho recém-descoberto do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, na segunda-feira (16) (Foto: Menahem Kahana/AFP)
Operário é visto em trecho recém-descoberto do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém, na segunda-feira (16) (Foto: Menahem Kahana/AFP)
A autoridade de Antiguidades israelense, que realizou as escavações durante dois anos, detalhou que várias fontes históricas mencionam o edifício, mas foi necessário um século e meio de pesquisas arqueológicas modernas para encontrá-lo.
A parte do Muro das lamentações descoberta tem 15 metros de largura e oito de altura. As pedras utilizadas em sua construção estão bem preservadas, embora o conjunto tenha permanecido debaixo de oito metros de terra durante 17 séculos, detalhou a autoridade.
O Muro das Lamentações é o único vestígio de um muro de contenção do Segundo Templo judaico de Jerusalém destruído pelos romanos no ano 70 de nossa era. Junto a essa construção se estende o Monte do Templo, o lugar mais sagrado do judaísmo, conhecido como Esplanada das Mesquitas pelos muçulmanos, que o consideram o terceiro lugar mais sagrado da sua religião.
A Cidade Velha se encontra em Jerusalém Oriental, área controlada por Israel desde 1967.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Resultado de imagem para pergaminhos do mar morto

O Verdadeiro Tesouro dos Manuscritos do Mar Morto

Peter Colón
“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices [...] são mais desejáveis do que ouro, [...] em os guardar há grande recompensa [...] Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata” (Salmo 19.7,10-11; Salmo 119.72).
Muhammad estava agitado e inquieto. Sua cabra travessa tinha sumido. Ao vaguear sem rumo longe de seu rebanho e de seus amigos, o beduíno chegou a uma caverna que ficava em posição elevada e dava frente para a costa noroeste do Mar Morto. Por pensar que o animal desgarrado tivesse se perdido dentro da caverna, o beduíno começou a jogar pedras pela entrada da gruta a fim de fazê-lo sair lá de dentro. Quando ele ouviu o ruído das pedras que batiam em peças de cerâmica, ficou intrigado. Será que lá dentro da caverna poderia haver um tesouro escondido? Com toda a empolgação, ele correu até a entrada da caverna, porém, no interior dela não encontrou ouro, nem prata, apenas jarros grandes e antigos ao longo das paredes, os quais continham rolos de pergaminhos despedaçados. Ele pensou: “pelo menos os pergaminhos de couro vão servir para fazer correias e tiras de sandálias”. Lamentavelmente, Muhammad não conseguiu perceber a real importância daquele momento. A teimosia de sua cabra o levara àquela que pode ser considerada, nos tempos modernos, a maior descoberta de manuscritos: uma incalculável reserva entesourada da Palavra escrita – os Manuscritos do Mar Morto.
Beduínos não marcam o tempo como os ocidentais, mas assemelham-se aos seus antepassados; sua concepção de tempo e momento está relacionada com outros acontecimentos. Assim, não se pode datar essa descoberta com precisão. Após uma revisão, a nova data para a descoberta do primeiro rolo de manuscritos é a de 1935 ou 1936. A partir de então até o ano de 1956, muitos outros manuscritos foram achados. Acredita-se que esses manuscritos sejam de datas diferentes, as quais variam do século III a.C. até o século I d.C. A maior parte deles foi descoberta em cavernas de formação calcária em Qumran, situadas exatamente a noroeste do Mar Morto. A maioria dos pergaminhos é escrita em hebraico; o restante deles é escrito em aramaico e grego. Foram achados mais de 900 documentos, que correspondem a 350 obras distintas em suas múltiplas cópias. Muitos dos escritos bíblicos e extrabíblicos estão representados em pequeníssimos fragmentos. Só em uma caverna foram encontrados 520 textos, na forma de 15 mil fragmentos. Como se pode imaginar, juntar todos esses pedaços de pergaminho na sua respectiva posição para que se faça a tradução tem se constituído numa tarefa gigantesca.
A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na 
atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Na foto: as cavernas de Qumran.
A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Apesar dos ataques contra a Bíblia, a Palavra de Deus permanece para sempre: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam” (2 Samuel 22.31).
Sempre houve pessoas que questionaram a confiabilidade das Escrituras. Uma vez que o texto foi copiado e re-copiado ao longo dos séculos, os críticos alegam que é impossível saber-se com certeza o que os escritores bíblicos escreveram ou queriam dizer originalmente. Os Manuscritos do Mar Morto invalidam tal hipótese ou suposição no que se refere ao Antigo Testamento. Foram achadas entre 223 e 233 cópias das Escrituras Hebraicas, as quais foram comparadas com o texto atual. O único livro do Antigo Testamento que não foi encontrado nessa descoberta é o livro de Ester. É possível que ele esteja oculto numa caverna ainda não identificada de algum lugar isolado.
Antes dessa descoberta, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam do século IX d.C. ao século XI d.C. Tais manuscritos constituem aquele que é chamado de Texto Massorético, termo este originado da palavra hebraica masorah que significa “tradição”. Os escribas judeus de Tiberíades, denominados massoretas, procuraram meticulosamente padronizar o texto hebraico e sua pronúncia; a obra que realizaram ainda é considerada uma referência confiável nos dias de hoje. Os manuscritos de Qumran são, no mínimo, mil anos mais antigos que o Texto Massorético. Na realidade, esses manuscritos são até mesmo mais antigos que a Septuaginta, uma tradução grega do Antigo Testamento elaborada no Egito durante o período de 300 a 200 a.C.

terça-feira, 28 de março de 2017

AS DEZ MAIORES DESCOBERTAS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA
O educador evangélico estadunidense Walter Kaiser Jr. (nascido em 1933) enumerou uma seqüência de descobertas como sendo as dez mais importantes da Arqueologia Bíblica.


I. Os Amuletos de Ketef Hinnom (1979), contendo o mais antigo texto do Antigo Testamento (séc.VII-VI a.C.), descoberto por um arqueólogo bíblico, o hùngaro-israelense Gabriel Barkay (1944- )

Entre 1975 e 1980, Gabriel Barkay descobriu alguns sepulcros em Ketef Hinnom, um sítio arqueológico perto de Jerusalém, com uma série de câmaras funerárias cortadas na pedra, em cavernas naturais. O local parecia ser arqueologicamente estéril e tinha sido usado para armazenar armamento durante o período otomano. A maior parte daqueles sepulcros tinha sido saqueada há muito, mas felizmente o conteúdo de Câmara 25 foi preservado devido a um aparente desabamento parcial do teto da caverna, ocorrido também muito tempo antes. O sepulcro foi datado como entre os séculos VII e VI a.C., antes do exílio. 

O sepulcro continha restos de esqueletos de 95 pessoas, 263 vasos de cerâmica inteiros, 101 peças de joalheria, entre elas 95 de prata e 6 de ouro, muitos objetos esculpidos de osso e marfim e 41 pontas de flechas de bronze ou de ferro. Além disso, havia dois pequenos e curiosos rolos de prata, sendo que um deles tinha cerca de uma polegada de comprimento e menos de meia polegada de espessura, enquanto que o outro tinha meia polegada de comprimento e um quinto de polegada de espessura. Admitiu-se que esses rolos fossem usados como amuletos e que contivessem alguma inscrição. O processo ultra delicado, desenvolvido para abrir os rolos de papel sem que o mesmos se desintegrassem, levou três anos. Quando os rolos foram abertos e limpos, a inscrição continha porções de Números 6:24-26: O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti... e te dê a paz. Esta inscrição é uma das mais antigas e melhor preservadas contendo o nome do Deus Israelita: YHWH ou Jeová

Os chamados de Amuletos de Ketef Hinnom, na realidade dois rolos de papel de prata minúsculos achados na câmara funerária 25 da caverna 24 de Ketef Hinnom, contêm a mais antiga inscrição bíblica (~600 a. C).



II. O Papiro de John Rylands, Papiro 52 encontrado no Egito em 1920, redescoberto (1934) por C. H. Roberts na Biblioteca John Rylands (1801-1888) em Manchester, Inglaterra. 
Conhecido como o mais antigo texto escrito do Novo Testamento (125 d.C).
Também conhecido como o fragmento de João. Contêm partes do Evangelho de João 18 31-33, no grego, e no verso contêm linhas dos versos 37-38.



III. Os Manuscritos do Mar Morto (1947), casualmente descobertos por um grupo de pastores de cabras. 
Na sua maioria, escritos antes da era cristã e guardados em rolos, dentro de vasilhas de barro.

Os Manuscritos do Mar Morto formam uma coleção de cerca de 930 documentos descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel (em tempos históricos uma parte da Judéia). Estes documentos foram escritos entre o século III a.C. e o primeiro século depois de Cristo em Hebraico, Aramaico e grego. A maior parte deles consiste em pergaminhos, sendo uma pequena parcela de papiros e um deles gravado em cobre. Os manuscritos do Mar Morto foram classificados em três grupos: escritos bíblicos e comentários, textos apócrifos e literatura de Qumram.



IV. A Pintura Mural Tumba de Beni Hasan (1923), Tebas, uma pintura mural da tumba de um nobre em Beni Hasan, Egito, que data do tempo de Abraão (~ XIX a. C.) 

A descoberta revelou como era a cultura patriarcal 19 séculos antes de Cristo.
No mapa do Egito antigo, a aldeia de Beni Hassan está localizada a 160 quilômetros ao sul do Cairo (cemitério de 39 túmulos)  




V. A Estela de Tel Dã  (1993), cuja descoberta provou, sem sombra de dúvidas, a existência do rei Davi (1015-975 a. C.) e seu reinado.

Placa comemorativa sobre conquista militar da Síria sobre a região de Dã. A inscrição traz de modo bem legível a expressão "casa de Davi", que pode ser uma referência ao templo ou à família real. O mais importante, todavia, é que menciona, pela primeira vez fora da Bíblia, o nome de Davi, indicando que este foi um personagem real. Esta descoberta também fez a mídia admitir que a Bíblia pode ser tomada como fonte de documentação histórica.





VI. O Tablete 11 (1872) do épico de Gilgamés, descoberto pelo arqueólogo bíblico e assiriologista inglês George Smith (1840-1876) 
A descoberta deste documento (antigo poema épico da Mesopotâmia - atual Iraque) provou a antiguidade do relato do dilúvio.






VII. A Fonte de Giom, a Ha Gihon (1833), mencionado em 2Samuel 2:13 e Jeremias 41:12, pesquisada pelo arqueólogo estadunidense Edward Robinson.


O tanque de Gibeão / Gibeom - Tinha em torno de doze metros de diâmetro e uma escada em círculos de 27 metros até o nível da água, que se encontra a dez metros abaixo da superfície do solo.

"Saíram também Joabe, filho de Zeruia, e os servos de Davi, e se encontraram uns com os outros perto do tanque de Gibeom; e pararam estes deste lado do tanque, e os outros do outro lado do tanque." 2 Samuel 2:13

"Tomaram todos os seus homens, e foram pelejar contra Ismael, filho de Netanias; e acharam-no ao pé das grandes águas que há em Gibeom." Jeremias 41:12

Inscrição de Siloé (detalhes mais abaixo) é uma passagem de texto inscrito, encontrada originalmente no Túnel de Ezequias, aqueduto que supria água da Fonte de Giom para a piscina de Siloé na parte leste de Jerusalém. Descoberto (1880), a inscrição registra a construção do túnel no século VIII a.C. Encontra-se entre os registros mais antigos escritos na língua hebraica, usando-se o alfabeto Paleo-Hebrew.



VIII. O Selo de Baruque (1975), descoberta que provou a existência do secretário e confidente do profeta Jeremias.

O profeta Jeremias durante os últimos anos do reino de Judá, profetizou o exílio e o retorno dos judeus, eles teriam que aceitar o jugo de Babilônia e não resistir. Ele foi encarcerado, ameaçado de morte e posto como falso profeta e traidor. Jeremias, nomeou Baruque, o filho de Nérias, seu escriturário. Foram encontrados em uma loja de antiguidades em Jerusalém alguns pedaços de barro marcados com um selo. Dentro desta coleção há duas peças que acredita-se ter pertencido a Baruque. Em exibição no Museu de Israel em Jerusalém, nas três linhas lê-se: Berekhyauhuh, o filho de Neriyauhuh, o escriturário.



IX. O Palácio de Sargão II (1843), rei da Assíria mencionado em Isaías 20:1, descoberto por Paul Emile Botta (1802-1870)
A existência do Palácio de Sargão II foi posta em dúvida por historiadores por muitos séculos até essa descoberta (1843), que pois fim a negação histórica da menção bíblica feita em Isaías 20:1.
"No ano em que Tartã, enviado por Sargom, rei da Assíria, veio a Asdode, e guerreou contra ela, e a tomou," Isaías 20:1



X. O Obelisco Negro de Salmaneser (1845), um artefato que o arqueólogo Austen Henry Layard (1817-1894) encontrou, na antiga cidade de Nínive.

Assim chamado um dos mais antigos artefatos arqueológicos a se referir a um personagem bíblico: o rei hebreu Jeú, que viveu cerca de nove séculos antes de Cristo. Assim como o prisma de Taylor, ambos são artefatos que mostram duas derrotas militares de Israel. Este artefato mostra um desenho do rei Jeú prostrado diante de Salmaneser III, oferecendo tributo a ele e encontra-se preservado, agora, no Museu Britânico, em Londres. O segundo descreve o cerco de Senaqueribe a Jerusalém, citando textualmente o confinamento do rei Ezequias.


Prisma de Taylor



Outras descobertas significantes

1 - Inscrição de Siloé – Encontrada acidentalmente por algumas crianças que nadavam no tanque de Siloé. Essa antiga inscrição hebraica marca a comemoração do término do túnel construído pelo rei Ezequias, conforme o relato de 2 Crônicas 32:2-4. (De acordo com o Dicionário da Bíblia Easton-1897)


2 - Textos de Balaão – Fragmentos de escrita aramaica encontrados em Tell Deir Allá, que relatam um episódio da vida de "Balaão filho de Beor" e descrevem uma de suas visões – indícios de que Balaão existiu e viveu em Canaã, como afirma a Bíblia no livro de Números 22 a 24.


3 - Papiro de Ipwer – Oração sacerdotal escrito por um egípcio chamado Ipwer, onde questiona o deus Horus sobre as desgraças que ocorrem no Egito. As pragas mencionadas são: O rio Nilo se torna sangue; escuridão cobrindo a terra; animais morrendo no pasto; entre outras, que parecem fazer referência às pragas relatadas no livro de Êxodo.


4 - Tabletes de Ebla – Cerca de 14 mil tábuas de argila foram encontradas no norte da Síria, em 1974. Datadas de 2.300 a 2.000 a.C., elas remontam à época dos patriarcas. Os tabletes descrevem a cultura, nomes de cidades e pessoas (como Adão, Eva, Miguel, Israel, Noé) e o modo de vida similar ao dos patriarcas descrito principalmente entre os capítulos 12 e 50 do livro de Gênesis, indicando sua historicidade.


5 - Tijolo babilônico de Nabucodonosor – O achado arqueológico traz a seguinte inscrição em cuneiforme: "(eu sou) Nabucodonosor, Rei de Babilônia. Provedor (do templo) de Ezagil e Ezida; filho primogênito de Nabopolassar”. Vale notar que por muito tempo se afirmou que a cidade da Babilônia era um mito – e muito mais lendário ainda seria o rei Nabucodonosor.
Museu Arqueológico do UNASP


6 - Estela de Merneptah – Coluna comemorativa, datada de cerca de 1207 a.C., que descreve as conquistas militares do faraó Merneptah. Israel é mencionado como um dos inimigos do Egito no período bíblico dos juízes, provando que Israel já existia como nação neste tempo, o que até então era negado pela maioria dos estudiosos. É a menção mais antiga do nome "Israel" fora da Bíblia.


...e mais...

Túnel de Ezequias
O túnel de Siloé citado na Bíblia -- nos livros de Reis e Crônicas (II Reis 20:20) descoberto pelos arqueólogos Amos Frumkin, Aryeh Shimron e Jeff Rosembaum da Universidade Hebraica de Jerusalém em 2003.

*Confirmando o relato da Bíblia, as pesquisas dataram em 700 a.C. a construção do túnel de Jerusalém, e apontaram Ezequias, que reinou em Judá entre 727 a.C. e 698 a.C., como o empreiteiro.

Construído para transportar a água da fonte de Gioh, nos arredores de Jerusalém, para o interior das muralhas da cidade e garantir o abastecimento do canal, que tem meio quilômetro de extensão, teve um importância fundamental na defesa da cidade durante o cerco e a ameaça de invasão pelos assírios, no século 8 a.C.

De acordo com os textos bíblicos como o Segundo Livro dos Reis e o Segundo Livro das Crônicas, o rei Ezequias teria reaberto o templo de Salomão, restaurado a Páscoa e implementado uma série de reformas em Jerusalém, das quais o túnel de Siloé é uma das mais importantes.  (*Guia do Estudante)

"Ora, o mais dos atos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água à cidade, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?" 2 Reis 20:20

"Também o mesmo Ezequias tapou o manancial superior das águas de Giom, e as fez correr por baixo para o ocidente da cidade de Davi; porque Ezequias prosperou em todas as suas obras." 2 Crônicas 32:30